A relação de Freud e Jung

Frued e Jung

Já se imaginou conversando com alguém ininterruptamente durante treze horas? Pois esse foi o tempo que Freud e Jung se dedicaram a uma conversa intensa em fevereiro de 1907, quando se encontraram pela primeira vez, após a troca de muitas correspondências.

Ocorre que Jung teve contato com a obra de Freud e alguns de seus textos. Com isso, ele os defendeu abertamente em uma universidade, onde foi até mesmo advertido por alguns professores. Naquela época, Freud não era bem visto nos círculos médicos e acadêmicos.

Porém, era apenas o começo dessa relação e ninguém imaginava a proporção que a psicanálise tomaria e o quão importante ela seria até os dias de hoje.

Não levou muito tempo para que ambos construíssem uma grande amizade. Além disso, o judeu Freud via Jung, um suíço, como “um filho mais velho”, um “sucessor e príncipe coroado” (carta de Freud à Jung, datada de 16.4.1909).

A relação entre eles era de pai e filho.

Havia grande colaboração e confiabilidade, porém ainda que significasse muito para Jung, diante de discordâncias trazidas pela teoria sexual de Freud, ele já imaginava que os caminhos deles não seguiriam o mesmo destino.

Os dois romperam o relacionamento após muitas discussões a respeito do significado da libido e, assim como um dia Jung arriscou sua carreira para defender a obra de Freud, agora sacrificava essa grande amizade para seguir sua própria jornada.

Porém, mesmo após essa separação, Freud usou de sua autoridade para fazer de Jung o presidente da Associação Psicanalítica, fundada em 1910.

Nise da Silveira retrata essa relação da seguinte forma:

“Eram ambos personalidades demasiado diferentes para caminharem lado a lado durante muito tempo. Estavam destinados a defrontar-se com a defrontar-se como fenômenos culturais opostos.”

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Daniela Antonelli ®️ 2021 - 19 99808-2204
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